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sábado, 12 de outubro de 2013

Bonecos de carne: Crise de identidade.

   O passado, quanta nostalgia me trás. Lembro-me de quando levantar da cama era uma tarefa fácil, até mesmo divertida: Conhecer um mundo relativamente novo, brincar, aprender, viver. Hoje considero uma vitória levantar da cama. Apesar de existir um mundo, fantástico e quase inexplorado, além da cama, não há tanto entusiasmo para realizar determinadas ações. Considerei estar passando por uma crise de identidade, e por um longo tempo. Hoje penso diferente. Cheguei à conclusão de que, talvez a humanidade inteira esteja sofrendo uma crise de identidade. A vida é uma adaptação, como disse Charles Darwin: Não é o mais forte da espécie que sobrevive, nem o mais inteligente. É aquele que melhor se adapta as mudanças.

    Existe uma história, de um pequeno pássaro, engaiolado. Ele vivia em seu poleiro, era alimentado com migalhas, e com migalhas ele se contentava. Sua gaiola não era trancada, ele era livre para sair e voar, junto aos outros pássaros. Porém, ele já estava acomodado com a vida que levara, pouco lhe importava o que havia fora gaiola. Certo dia, a comida do pássaro acabou, e ele sentiu-se obrigado a explorar o que havia além de sua gaiola. Descobriu então que por fugir de sua natureza, suas asas, já não eram mais as mesmas. Então, o pequeno pássaro caiu. Podemos tomar essa simples história como um belo exemplo para nossas vidas. Somos como pássaros, fomos feitos para voar. Nossas crenças e tudo aquilo que nos limita, são como uma gaiola confortável.  Estamos acomodados, então não há necessidade de buscar mais coisas. Esse é o nosso mal, só buscamos por melhorias quando já não há mais solução. E muitas vezes não nos damos conta de que já estamos distante de nossa natureza.

    Quem sou eu? Ou melhor, que postura é necessário estabelecer para agradá-lo? Vivemos em um mundo que para nos inserir na sociedade, devemos utilizar diversas máscaras. É quase como ser um sociopata. Somos obrigados a adaptar nossa natureza a limites estabelecidos por superstições, leis formuladas por fanáticos imorais, ou, pela própria sociedade em que vivemos. Por não aguentar tal pressão social, alguns acabam optando pelo suicídio, o que na verdade não é a melhor opção. Enfim, não entrarei nesse assunto, pois estarei perdendo o foco. O que me assusta, é a facilidade com a qual as pessoas vendem a sua identidade. Quanto mais você nega, mais alienado você está. Somos como bonecos de carne facilmente maleáveis.

    O que sei a respeito do sentido da vida é de tão pouca significância. Será mesmo que a vida necessita de um sentido? E se tiver, talvez seja apenas viver. Apesar de não ser um cientista, ou, um filósofo, disponho de uma imaginação fértil. Posso até mesmo criar um mundo, ou, um universo próprio, e dar a ele todas as cores, todas as formas e o sentido que me parecer melhor. Às vezes é necessário fantasiar a realidade em que vivemos, pois só assim, tudo começa a fazer sentido. Não devemos levar a vida tão a sério. Porém, não podemos viver apenas sonhando, pois, um dia a vida nos acorda de uma maneira nada gentil. Não leve para o lado pessoal, a vida só está sendo... A vida. O importante é sempre manter o equilíbrio. Devemos conciliar nosso mundo lunático com a realidade, só assim, estaremos vivendo um sonho.
    Na vida, encontraremos situações difíceis, mas calma! Ainda vai ficar pior, não deixe que isso desmotive você.  Aceite como uma chance de provar que você é capaz de se superar, crescer e aprender com todas as situações ruins que estão ocorrendo, ou, que ainda irão ocorrer. Estamos em constante luta contra nós mesmos -o lado bom- é que já sabemos quem vai vencer. Viver é tão fácil, mas nós complicamos tanto.  Somos condicionados a ser o que outras pessoas são, então, perdemos a nossa essência. É comum exigirem de nós, aquilo que outras pessoas são. É ai que o sentido da vida acaba.



 Lembre-se, você é um pássaro, sua mente, são asas. Voe 

Um comentário:

  1. Muito bom, um texto bem motivador, gostei cara.Espero que tenha mais de seus textos excelentes, continue assim.

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